Logo da cidade de Limeira

Municipio de Limeira e sua Hístoria

Limeira foi fundada em 1826 com a construção de uma estrada para escoar a produção agrícola, originando um povoado que se tornou freguesia em 1830 e cidade em 1863. Teve destaque na produção de café, com a Fazenda Ibicaba sendo a maior do país entre 1860 e 1870. Durante a Guerra do Paraguai, essa fazenda apoiou o exército brasileiro, e a cidade também teve papel importante na Revolução Constitucionalista de 1932. Posteriormente, Limeira se destacou na citricultura, sendo conhecida como "Capital da Laranja" e "Berço da Citricultura Nacional". Atualmente, é referência nacional na indústria de joias folheadas, sendo chamada de "Capital Brasileira da Joia Folheada".

foto de limeira antigamente

Nossa História

A história de Limeira começa com a abertura do antigo caminho para Goiás, em 1682, por Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera. Nesse trajeto, eram criados pontos de parada chamados ranchos para descanso e abastecimento. Um desses locais era o "Rancho do Morro Azul", situado em terras férteis e com boa oferta de água, tornando-se um ponto estratégico para os viajantes.

No final do século 18 e início do 19, essas terras começaram a ser ocupadas por posseiros e posteriormente por fazendeiros que receberam sesmarias (doações de terra do governo). Com a chegada desses novos colonizadores, a região passou a se desenvolver com lavouras de cana-de-açúcar e infraestrutura como estradas e pontes. Em 1826, com a doação de terras por Luiz Manoel da Cunha Bastos, foi fundada a capela que marcou o início da povoação organizada, dando origem à cidade.

Quanto ao nome "Limeira", sua origem exata é incerta. Acredita-se que esteja ligado à presença de árvores cítricas na região, como limas e laranjas, trazidas pelos portugueses e bem adaptadas ao clima local. Assim, o nome teria surgido da paisagem natural que marcou o lugar.

foto da guta antigamente

Gruta da Paz

A gruta começou a ser construída em 1919 por iniciativa do ex-prefeito Alberto Ferreira, que na verdade, encomendou ao artista italiano Octávio Monti um coreto.O projeto arquitetônico da gruta retrata um castelo medieval, com um labirinto traçado sobre a cúpula. Sua construção reproduz desenhos com inúmeras representações antigas como as que aparecem em moedas gregas de Knossos, que eram utilizadas entre o século I a.C. e VI a.C.

Muito se fala sobre a sua simbologia. Para compor a sua estrutura, foram trazidos quatro tipos de pedras da fazenda Caieira, que segundo o escritor Paulo Cavazin, representam as quatro raças humanas e foram conservadas em seu estado bruto para manter a essência do homem. Tanto no interior, quanto na parte externa, a gruta é repleta de referências religiosas. A gruta também traz semelhanças com a Gruta da Natividade, onde nasceu Jesus Cristo. De sua base até o topo, tem 33 degraus, o que seria uma referência a idade de Jesus quando crucificado.

Ao redor do monumento, há 12 componentes, entre portas e janelas, que fazem alusão aos 12 apóstolos e aos 12 signos do zodíaco. Cavazin destaca que as características de templo se fazem presentes na edificação, como a abside (grande salão sob a cúpula) e a nave principal (ou basílica) que está dividida em conformação de cruz.

No alto da cúpula há uma mandala e no centro uma pequena pedra circular, na qual são apoiadas todas as outras pedras. No decorrer da obra, o projeto original sofreu sucessivas alterações, a pedido do ex-prefeito. O arquiteto, por sua vez, começou a ficar descontente com as interferências em seu trabalho e acabou abandonando a obra.

Após a sua conclusão, a gruta sofreu sucessivas modificações, até chegar ao formato que conhecemos hoje. Entre os anos de 1946 e 1967 funcionaram no interior da gruta um bar, um café e uma bomboniere. Reformada em 1990, ela teve seu exterior revestido de pedras e o interior reforçado com tijolos. A gruta possui dois andares, e na parte superior é possível apreciar a vista da Praça Toledo Barros, onde está localizada.

foto do Teatro Vitória

Teatro Vitoria

Antes do nosso atual Teatro Vitoria, existiu o Theatro da Paz, construído no antigo Largo da Victoria, a atual Praça Toledo Barros. A casa de espetáculos foi erguida em comemoração ao triunfo das armas brasileiras na Guerra do Paraguai que terminara em 1870, simbolizando os anseios de paz ao povo limeirense. As obras do Theatro da Paz foram finalizadas em 1885, sendo inaugurado pelo coronel Antonio Mariano da Silva Gordinho. Uma curiosidade em sua fachada era uma alegoria à arte divina da música, fazendo parte do conjunto uma partitura do “Guarany”, de Carlos Gomes.

O Theatro da Paz foi doado à Santa Casa de Misericórdia e demolido em 1938, com uma campanha da própria instituição para construção de uma casa de espetáculos mais moderna.

inaugurado em 1940 o Cine Vitória, palco de apresentações cívicas, teatrais, recreativas, socioculturais e cinema.

as décadas de 40 a 60, o espaço recebia parte da elite local. Era onde os limeirenses encontravam seus ídolos do rádio, do cinema e da política. Na década de 50, as produções cinematográficas levavam verdadeiras multidões para suas bilheterias, quando eram exibidos filmes do cinema nacional, como a série "Mazzaropi", ou os clássicos internacionais, representados pelas grandes produções italianas, francesas e americanas. Com o tempo, o local perdeu seu status e decaiu, sendo fechado em 1994.

O Cine Vitória passou por uma reforma e, em 15 de setembro de 1996, foi inaugurado o Teatro Vitoria com um concerto da Orquestra Sinfônica de Limeira, que na época comemorava um ano de existência. Desde então, Limeira passou a ter a honra de receber espetáculos consagrados com artistas de renome nacional e internacional nos mais diversos segmentos artísticos, cumprindo o seu papel de ser um espaço para troca de saberes, de ideias, de sonhos, de expectativas e de memórias, influenciando no desenvolvimento cultural e intelectual do cidadão limeirense.

Cronologia do municipio

1826

Fundação

1830

Freguesia

1985

Primeira filial

1863

Cidade

1860-1870

Café

1864-1870

Gerra-Gerra do paraguai

1932

Revolução Constitucionalista

Décadas seguintes

Citricultura

Atualidade

Joias
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